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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Me Encanta (Gabriela Navalon)

       Quando ele andava, erguia o tronco, mas não muito para que as costas continuasem levemente curvadas.
       As mãos pareciam serradas, como se estivessem pronto para dar um soco em alguem. Era engraçado vê-lo caminhar, parecia encrivelmente grande, resistente e forte. Como se qualquer coisa pudesse bater em seu peito e não feri-lo, de maneira alguma. Eu não sabia como tirar os olhos dele, era quase impossivel. Quase, até que eu me lembrei insistentemente que deveria parar, e parei. Com muito esforço. Quando eu passava ao seu lado, o cheiro do perfume e do banho era facilmente notavel, até mesmo de longe. Não era preciso que ele chegasse muito perto e bastava ele se aproximar um pouco mais para que meus braços implorassem pelo aconchego. Aquele! aquele que você nunca esqueçe , que a deixa com cara de idiota, que a faz pedir mais e mais e mais e mais. Também não achei que, um dia, me sentiria tão patética por alguém. não tanto assim, pelo menos. E eu me odiava por isso, por amar tanto alguém e querer tanto agradá-lo.
      Por eu não estar acostumada a me sentir assim, mesmo depois de tanto tempo, a sensação continua sendo nova para mim. E eu, certamente, não senti o meu corpo fervilhar com outra pessoa. Não acharia, muito provavelmete, em ninguém o que eu achei naquele do corpo firme, dos olhos azuis, e que sorri de maneira mais encantadora possivel e imaginável. (L)

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